Por Naiara Cristina Souza de Mello

Em um universo em que dragões se tornaram apenas uma lembrança e a magia torna-se obsoleta, surge uma ameaça do coração do inverno que semeia medo e morte. Contudo, a lenda do “príncipe (ou princesa) que foi prometido” ressurge como um fio de esperança para libertar o povo da opressão e destruição da grande noite. A Guerra dos Tronos é o primeiro livro do gênero fantasia da saga das Crônicas de Gelo e Fogo escrito pelo famoso romancista e roteirista americano George R. R. Martin. A saga começou a ser planejada no ano de 1991 e finalmente publicada no ano de 1996 tendo como ideia inicial uma trilogia, porém atualmente segue-se com cinco livros e mais dois no planejamento de Martin.

Um dos palcos principais do enredo é a terra de Westeros e Essos. Enquanto Westeros se recupera de uma guerra sangrenta contra a casa nobre dos Targaryen, Essos testemunha a ascensão do último membro do clã, a princesa exilada Daenerys Targaryen, sobre grande parte dos territórios orientais. No Norte conhecemos a casa Stark, regida pelo lorde Eddard Stark, e sua família, famosos pela reputação de serem rígidos e igualmente honrados. No Sul
e Oeste conhecemos Porto Real, a capital de Westeros e sede do reinado da nova casa dominante, como também Pedra do Dragão, governados pelo então rei Robert Baratheon, líder da Casa Baratheon. No Oeste conhecemos os Lannisters e o seu famoso lema “Ouça-me rugir”, governados pelo lorde Tywin Lannister de Rochedo Casterly.

Por fim, nas Crônicas de Gelo e Fogo as tramas de política, influência e poder estão sobre a mesa. O leitor terá a oportunidade de acompanhar, de forma ontológica, os acontecimentos decorridos do pós-guerra sob a perspectivas dos personagens. Os cenários são delicadamente construídos conforme o enredo avança e constrói-se laços de empatia e apatia com personagens, quebrando estereótipos do personagem totalmente bom e totalmente mau.