Por Natã Pereira
Até o Último Homem (2016) é um drama de guerra dirigido por Mel Gibson, baseado em uma história real da Segunda Guerra Mundial. O filme segue a trajetória de Desmond Doss, um conscientioso cristão adventista do sétimo dia que se alistou no exército dos Estados Unidos, mas se recusou a portar armas por motivos de consciência. Em vez disso, ele queria servir como médico de combate. Sua determinação e coragem são o foco central da narrativa, explorando o conflito interno e a luta para manter suas convicções em um ambiente extremamente hostil.
O filme retrata o treinamento rigoroso e as dificuldades que Doss enfrenta ao tentar equilibrar suas crenças com as expectativas e pressões do exército. Ele é alvo de zombarias e discriminação por parte de seus colegas soldados e superiores, que não compreendem seu compromisso com a não-violência. No entanto, Doss se mantém firme, enfrentando não apenas o desprezo de seus companheiros, mas também a constante ameaça de ser expulso das tropas.
A história ganha um novo patamar durante a Batalha de Okinawa, uma das mais sangrentas da guerra. Doss se destaca por seu heroísmo e dedicação quando, apesar dos riscos mortais, consegue salvar dezenas de soldados feridos no campo de batalha, sem disparar um único tiro. Sua bravura em meio ao caos e à violência é um testemunho poderoso do poder da convicção pessoal e da coragem.
Até o Último Homem (2016) combina ação intensa com uma exploração profunda da moralidade e da fé. A atuação de Andrew Garfield, que interpreta Desmond Doss, é especialmente notável, capturando a complexidade e a humanidade do personagem. O filme oferece uma visão emocionante e inspiradora da luta pela integridade pessoal em face de adversidades extremas, destacando a importância de seguir suas crenças, mesmo quando é mais difícil.
Esta resenha faz parte da série Autores da Torre, do Projeto de extensão Torre de Babel, da Biblioteca José de Alencar (Faculdade de Letras/UFRJ)