Por Gabrielly Araujo

O filme Carandiru, do ano de 2003, dirigido por Hector Babenco e baseado no livro “Estação Carandiru” do médico Dráuzio Varella, retrata a rotina dos presos na Casa de Detenção de São Paulo, o famoso presídio Carandiru, que ficou conhecido pelo massacre de Carandiru ocorrido no ano de 1992. O filme propõe uma reflexão profunda sobre a realidade do sistema penitenciário brasileiro.

No filme, são expostas as histórias de vida dos detentos, como cada um foi parar no sistema penitenciário, que em sua maioria é marcada pela violência, desigualdade social e a luta pela sobrevivência na sociedade e à rotina brutal de violência na qual eles são submetidos, além disso, também mostra como se dão as relações sociais entre eles.

No decorrer do filme, podemos observar a superlotação das celas, a falta de infraestrutura e a falta de profissionalismo dos agentes penitenciários, a ausência de direitos e humanização daqueles indivíduos, a higiene precária e fatores que favorecem o adoecimento dos detentos, além dos casos de HIV e AIDS que estavam em alta no período retratado no filme.

Após o início de uma briga generalizada dentro do presídio, o caos se instala e, nessa hora, a tropa de choque invade o local e se inicia o massacre, marcando também o final do filme de maneira super impactante para os telespectadores.

Esta resenha faz parte da série Autores da Torre, do Projeto de extensão Torre de Babel, da Biblioteca José de Alencar (Faculdade de Letras/UFRJ)