Por Francisco Falcão
Ilha do Medo (2010) é um terror psicológico que mergulha profundamente nos mistérios da mente humana enquanto desenrola características envolventes e cheias de reviravoltas. Dirigido por Martin Scorsese, o filme é uma adaptação do romance “Shutter Island” de Dennis Lehane.
A história se passa na década de 50, quando os detetives Teddy Daniels e Chuck são enviados para investigar o desaparecimento de uma paciente do Hospital Psiquiátrico, localizado em uma afastada ilha conhecida como Ilha do Medo. À medida que aprofundam sua investigação, eles se veem imersos em um mundo sombrio e perturbador, com pouco entendimento prático dos acontecimentos.
O filme é perfeitamente construído para manter o espectador vidrado, com sua atmosfera de suspense e tensão crescendo gradativamente. Criando uma sensação de claustrofobia e paranoia que permeia tudo e todos da ilha, contribuindo para a sensação de desorientação e tensão dos personagens principais.
Ilha do Medo (2010) é mais do que apenas um filme de investigação. É uma exploração profunda dos temas da mente humana, da natureza do que é a realidade e da perda da sanidade. À medida que a história se desenrola e as camadas de mistério são expostas, o filme desafia constantemente as expectativas do espectador, deixando-o em dúvida sobre o que é real e o que é imaginário.
Por fim, como demonstrado ao longo do filme, o filme se encerra com a dualidade de ele ser um paciente ou um investigador de fato. Excelente filme para reflexões profundas.
Esta resenha faz parte da série Autores da Torre, do Projeto de extensão Torre de Babel, da Biblioteca José de Alencar (Faculdade de Letras/UFRJ)