“Lélia Gonzalez: Retratos do Brasil Negro”, Alex Ratts e Flávia Rios

Por Julliana de Amorim Tavares Lima

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LEIAM LÉLIA GONZALEZ

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Ao iniciar meus estudos sobre negritude e feminismo negro, não procurei Lélia Gonzalez logo de cara. Em vez disso, procurei escritoras e militantes norte-americanas, principalmente Angela Davis, assim como acredito que muitas mulheres jovens também fizeram. Infelizmente tive que primeiro ouvir o conselho de Angela para enfim decidir buscar por Lélia Gonzalez. Me incomoda muito o fato de não ter tido como primeira escolha de leitura os artigos de Lélia, tão icônica, pioneira e acima de tudo, brasileira. Porém, hoje também reconheço que independente da forma como começamos os estudos sobre negritude, é impossível não perpassar Lélia Gonzalez em algum momento.

Lélia Gonzales

Resolvi iniciar a leitura de Lélia por sua biografia e sinto que fiz uma ótima escolha. Conhecer os caminhos percorridos até se tornar A Grande Lélia fizeram minha admiração por essa mulher só aumentar. Eu tenho a tendência errônea de acreditar que as grandes personalidades que conhecemos e admiramos foram predestinadas a serem grandiosas, e realizam grandes feitos desde o início da vida. Porém, a leitura desta biografia trouxe meus pés de volta ao chão, me fez humanizar Lélia e entender que até mesmo as grandes mentes podem percorrer caminhos tortuosos até atingir o auge. A ideia é que este seja apenas o meu primeiro contato de muitos com a escrita de Lélia Gonzalez, com toda sua eloquência, ora popular, ora formal, sua sabedoria e pioneirismo.

Toda minha gratidão aos organizadores deste livro. Que trabalho social importantíssimo.

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